Conclave traz uma maravilha cinematográfica no processo de seleção de um novo Papa no Vaticano, o processo mais secreto que existe. Não se trata de um enigma padrão, mas de uma história montada como tal: toda política, motivos secretos e revelações no ato final. Ainda assim, o filme prende você, por meio da tensão e de um senso de reverência pelo assunto, apesar de talvez ser um pouco lento.
Apenas do ponto de vista estético, Conclave é de tirar o fôlego. Cada cena desse filme é uma obra de arte magistralmente elaborada, cada cenário capturando a beleza do Vaticano. Os figurinos e cenários são tão bonitos que poderiam ser considerados obras de arte em movimento, quase como se cada cena fosse digna de ser emoldurada e pendurada em uma parede. Para os amantes da excelente cinematografia, esse é um filme imperdível.
As atuações são excelentes em todos os aspectos, mas Ralph Fiennes e Stanley Tucci apresentam, sem dúvida, algumas das melhores atuações de suas carreiras. Eles ancoram o filme de forma poderosa, enquanto o elenco de apoio se eleva para enfrentá-los com algumas atuações muito fortes. Até mesmo as pequenas partes do filme parecem bem pensadas para tornar esse elenco de atores completo e realista.
Não sou adepto de dramas políticos pesados, por isso fiquei surpreso com o quanto esse enredo se mostrou envolvente. As reviravoltas e os momentos de personalidade aparecem com frequência suficiente para manter as coisas interessantes até a revelação final. Talvez um pouco implausível em alguns pontos, a essência do filme é sobre fé, ambição e uma corda bamba que esses cardeais precisam equilibrar.
Não é perfeito e algumas seções podem ser um pouco arrastadas quando se espera um thriller muito mais explosivo, mas os belos efeitos visuais, a ótima atuação e a atmosfera de suspense tornam esse filme memorável. Se você gosta de dramas instigantes e visualmente atraentes, não ficará desapontado.