David Lynch morreu aos 78 anos, de acordo com uma declaração compartilhada por sua família. O artista havia revelado um diagnóstico de enfisema, que o mantinha quase sempre em casa. A publicação da família no Facebook disse que foi “com grande tristeza” que eles compartilharam a notícia, pedindo privacidade e relembrando um de seus ditados: “Fique de olho na rosquinha e não no buraco”. O post falava de um mundo muito mais vazio, mas também de “sol dourado e céu azul por todo o caminho”.
Seus filmes, como Veludo azul, O homem elefante e Mulholland Drive, foram o caminho para um gênero cinematográfico que alcançou os cantos obscuros da vida americana. De Eraserhead, de 1977, ao clássico cult da TV Twin Peaks, Lynch tornou-se um nome associado a imagens surrealistas e reviravoltas que ninguém esperava. Embora tenha se afastado dos grandes projetos cinematográficos após Inland Empire, em 2006, ele continuou ativo na música, na pintura e na publicação on-line de atualizações meteorológicas.
Homenagens foram prestadas por colegas e admiradores de toda Hollywood. Nicolas Cage elogiou Lynch como um “gênio singular”, enquanto Steven Spielberg lembrou-se dele como um de seus heróis. Muitos observaram que a visão singular de Lynch deixou uma profunda impressão no cinema, e sua obra continuará a inspirar novas gerações de cineastas e fãs em todo o mundo.